quarta-feira, 8 de abril de 2009

Amor é muito mais do que amar

AMOR É MUITO MAIS DO QUE AMARO amor é uma frequência vibratória na qual você pode entrar sempre que quiser.Vivemos em uma sociedade que equipara amor a amor a atração entre dois adultos ou ao sentimento de proteção dos pais em relação a seus filhos. No máximo, e de vez em quando, aparece em cena o amor aos animais, sob a forma de animais de estimação. Nossas canções, filmes, histórias giram todas em torno dessas formas de amor.No entanto, amor é muito maior e muito mais do que isso. Outro dia li, em uma mensagem da Fundação Findhorn, uma definição que ressoou na minha alma: O Amor é uma frequência vibracional. Já havia lido isso de outras formas e maneiras, mas dessa vez entendi o que quer dizer. E é esse entendimento que tento compartilhar, agora.Sabemos que tudo no universo é vibração, e que há diferentes faixas de frequência. O amor é uma faixa específica. O melhor disso é que, como acontece com o rádio, que pega faixas de frequência, nós também podemos sintonizar essa faixa com relativa facilidade. É somente uma questão de treino.O primeiro passo é descobrir o que a/o coloca em uma frequência de amor. O que a/o faz sentir generoso, bom, honesto, capaz de repartir o que tem, feliz com a vida? Há uma sensação bem específica, que todos nós sentimos algumas vezes na vida, que é mais do que o amor que sentimos pelos mais próximos, ou pela pessoa que amamos. É uma sensação suave, de amor universal. Lembre-se quando a sentiu ou, se nunca prestou atenção e nunca a percebeu em você, procure descobrir o que induz uma espécie de "boa vontade universal" em você.Para mim, são determinadas músicas, é cuidar de meu jardim, acariciar meus animais, olhar para uma obra de arte ou paisagem bonita, cozinhar, meditar... e mais outras coisas.O passo seguinte é simples: exponha-se o máximo possível ao que lhe traz essa sensação. Geralmente são coisas bem simples, que nem prestamos atenção, e que são bem fáceis de cultivar. Você vai perceber que, quanto mais tempo ficar na frequência do amor, mais estável ela se tornará e mais dificilmente você sairá dela.Isso - essa capacidade de incluir o mundo em seu coração - é o amor. E ele é muito mais do que amar. O amor é a capacidade de alimentar o outro com o que é o pão da alma: a aceitação e o afeto. O amar muitas vezes pode ser egoísta. Quando amo um homem, quero que seja meu (namorado, marido, amante, seja lá o que eu deseje). Quando simplesmente amo, quero que todos os seres sejam felizes.Uma coisa não é incompatível com a outra. Mas estamos vivendo em um tempo que valoriza o amor pessoal, e menospreza o amor universal. Mais do que nunca é preciso cultivá-lo em nós, pois ele é a garantia de que poderemos construir um futuro para a humanidade.Só quem sabe que as gerações futuras merecem viver e ser amadas irá adotar os pequenos atos cotidianos que garantem que o mundo sobreviva. E muitos têm que adotar esses atos, urgentemente. Limpar a sujeira do seu cachorro, não jogar lixo na rua, gastar menos luz e água, reciclar sempre que possível são gestos que nascem desse amor por aqueles que não conhecemos mas que virão depois de nós e são o nosso futuro.CULTIVANDO UM CORAÇÃO AMOROSOPrática 1 - Observe a si mesma/oPreste atenção a tudo que a/o induz a uma sensação de compreensão, compaixão e disposição de ajudar ao próximo. Anote tudo que lhe faz sentir bem. É fácil lembrarmos do que que nos incomodou, mas é difícil lembrar do que pode nos tirar da sensação de incomodo. Mantenha essas anotações à mão.Prática 2 - Recorra à sua listaSempre que perceber que está tendo pensamentos negativos repetitivos, está julgando os outros, se irritando, ficando amarga/o, recorra a sua lista de práticas. Experimente até achar a que faz mudar seu estado de espírito. Música, por ser uma também uma frequência vibratória mais perceptível, costuma ter um efeito muito rápido. o mesmo acontece com perfumes. Não deixe de experimentar esses dois.Essas duas práticas somadas levam a uma percepção mais clara de que todos somos dignos de amor. E a gestos amorosos e simples, que tornam a vida mais simples e digna de ser vivida

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Semana Santa , texto encaminhado poe Nazaré Fonseca

OS ACONTECIMENTOS DA SEMANA SANTA
A Semana Santa nos oferece a mais bela e terapêutica imagem para o desenvolvimento humano, sobre a qual podemos refletir e na qual encontramos relações com a nossa própria vida. Os acontecimentos da Semana Santa compõem uma vida sacra, através da qual trilhamos verdades existenciais, cujo conhecimento, se não for considerado de forma dogmática, pode ser um oásis no deserto espiritual que constantemente vivenciamos, quando o nosso pensar se torna, unilateralmente, racional e materialista.
A cosmo visão antiga descreve o universo através de imagens e símbolos, numa linguagem analógica que, por ser poética, toca mais profundamente a nossa alma. Ela nos proporciona a vivencia de estarmos integrados a uma ordem cósmica que não contradiz a visão racional que temos do universo, mas contribui, fecundando a nossa lógica.
Do ponto de vista da sabedoria antiga, a Semana como unidade de tempo, tem relação com a tradição religiosa – no Gênesis temos a descrição da criação do mundo em sete dias.
Os dias da semana recebem seus nomes dos sete planetas; arquétipos (princípios) que regem a ordem do universo, sendo que das esferas dos sete planetas emanam forças espirituais que impulsionam o desenvolvimento humano.
A Semana Santa começa no domingo de Ramos e vai até o Sábado de Aleluia, sendo que, o Domingo da Ressurreição, denominado Domingo de Páscoa (do hebraico=Pessach=passagem), é o primeiro dia da passagem para o Novo Sol que será a Terra vivificada pelo eu do cristo.
DOMINGO DE RAMOS – Dia do Antigo Sol – Centro, Eu, Humanização
No primeiro dia da Semana Santa, Jesus Cristo entra na cidade santa de Jerusalém, montado em um burrinho branco. Com brados de “Hosana” o povo o saúda com ramos de palmeiras. A força solar que emana do Eu do Cristo reascende no povo a antiga clarividência , vivenciada nos rituais das festividades em homenagem Sol.A palmeira sempre fora considerada o símbolo do Sol natural.
O Cristo atravessa em silêncio a vibração popular, sem se contagiar, sabe que aquele entusiasmo, logo passará. Não tem consistência interna. É o entusiasmo natural que logo se transfere para outra novidade, para outro acontecimento externo. Cristo sabe o que ele próprio representa e a que veio. Quer penetrar na camada mais consciente da alma humana. O seu brilho é um brilho próprio que emana da própria essência do seu ser espiritual. O seu estado de alma é autoconsciente e acolhedor. Permanecerá.
Entrar em Jerusalém montando num burrinho, tinha para Cristo, o sentido de deixar clara a transição: da antiga exaltação visionária e consciente, desencadeada pelos elementos externos da natureza, para atitude receptiva, fruto da presença de espírito, do Sol interior alma individual.
SEGUNDA-FEIRA – Dia da Lua – Repetição, Revitalização, Reflexo.
Betfagé, a cada dos figos, era uma aldeia cercada por figueiras consideradas por seus moradores, sagradas. Fora de lá que Cristo, no domingo de Ramos, mandara Pedro e João trazerem o burrinho, também considerado um animal sagrado. Ali cultivava-se a antiga forma de clarividência, ou seja, praticava-se “o sentar-se sob a figueira”, bem como uma série de exercícios físicos e meditativos que os isolava do mundo e das pessoas, e através dos quais, se atingia um estado inconsciente de religião com o mundo espiritual.
Na manhã de segunda-feira, ao retornar de Betânia à Jerusalém com seus discípulos, Cristo se aproxima da figueira e pronuncia a sentença: “Para todo o sempre, ninguém mais comerá desses figos”. Isto significava que, no dia seguinte a árvore estaria seca. Com a condenação da figueira, Cristo cessa o antigo dom lunar das visões de êxtase. A antiga forma de clarividência ligada às forças da natureza era relativa à noite porque só era vivenciada pelo homem em estado inconsciente. É fundamental para o Cristo que o ser humano trilhe o caminho da autoconsciência clara e explícita que embora, muitas vezes se constitua de um processo doloroso, o levará à liberdade individual. “A capacidade da autoconsciência teria que ser conquistada, e isto exigia em trocar a antiga clarividência. Retornará o tempo, no futuro, em que todos os homens serão clarividentes, como um fato consciente, por haverem conservado o “eu sou”, a autoconsciência”.
Chegando mais tarde ao templo que fervilha de atividades comerciais, Cristo expulsa os vendedores. Devolve ao templo sua condição de lugar sagrado, e aos peregrinos que chegam de todos os lados para as cerimônias de Páscoa, devolve a consciência de que estão na casa de Deus.
TERÇA-FEIRA – Dia de Marte – Luta, Autenticidade, Coragem.
Jesus volta a Jerusalém trazendo as oferendas do ritual que antecede a festa Pascal. Sua força de intensifica.
No templo, enquanto o povo ouvia, seus adversários o abordam com questões que são verdadeiras armadilhas, para fazê-lo cair em contradição.
Cristo responde a cada uma das questões que são verdadeiras armadilhas, para fazê-lo cair em contradição.
Cristo responde a cada uma das questões com parábola, que caem como verdadeiros golpes de espada pelos sacerdotes e escribas que, nelas se reconhecem como protagonistas. A cada parábola, Cristo reafirma a natureza espiritual do seu Eu, assumindo seu ligar próprio e colocando os adversários no devido lugar. Sem temor, pergunta por pergunta, a identidade espiritual do eu do Cristo, vai se revelando. De um lado, a intenção dos questionadores por desconfiarem dele, em desmascará-lo. Do lado do Cristo, a intenção poderosa do seu Eu manifesta toda a sua inteireza e Ele é capaz de dizer: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
No final do dia reunido com os apóstolos no Monte das Oliveiras, cristo lhes transmite as metas que preparação a humanidade para a volta do Cristo, no futuro.
Neste dia, Cristo mostra que a maior das lutas é a batalha travada no interior, entre o medo e a vontade de colocar o Eu no mundo. Nesta luta interna, conquistamos os dons de Marte: a autenticidade e a coragem para enfrentar as adversidades.
QUARTA-FEIRA – Dia de Mercúrio – Fluidez, Devoção, Cura.
Ao entardecer daquele dia em Betânia, Jesus se reuniu com seu círculo mais íntimo à mesa de refeição, na casa de Simão. Aproxima-se do Cristo, Maria Madalena, e ungindo seus pés com um óleo precioso, os enxuga com seus próprios cabelos. O gesto de Madalena que provoca uma reação de crítica nos presentes e desencadeia a revolta que se acumulava na alma inquieta de Judas. Argumentando contra o desperdício em detrimento dos pobres, Judas sai para se encontrar com os sumo sacerdotes e concretizar a traição que os levará ao suicídio.
É a segunda vez que Madalena unge os pés do Cristo. Na primeira unção ele dissera aos presentes: Calem-se. Ela muito amou e muito lhe será perdoado. A segunda unção é recebida por ele como uma extrema unção.
A postura de Cristo é de disponibilidade.
Em relação a Judas, Cristo compreende que ele não possui em sua alma força de interiorização e coesão para ordenar suas impressões exteriores. A agitação interna de Judas flui para o mundo, como revolta.
Maria Madalena, entretanto, interioriza as forças de amor que antes arrastavam para o mundo mundano. Estas forças interiores fluem então, par o mundo, como devoção.
Ambos são tipos mercuriais, sempre em continua atividade externa, sempre mobilizando tudo ao seu redor.
Marta, a irmã de Maria Madalena, é a terceira pessoa com qualidades mercuriais, também presente à ceia. Está sempre fazendo algo pelos outros, sempre na l ida da casa. “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas. Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada”. Lucas 10.41
Na quarta-feira Santa, Cristo acolhe as forças mercuriais metamorfoseadas em paz interior, devoção e transformadas em capacidade de cura.
QUINTA-FEIRA – Dia de Júpiter – Sabedoria, Grandeza
Cai a noite de Pessach. Lá fora reina o silêncio: todos estão em casa reunidos para a ceia do cordeiro pascal.
No convento da ordem dos Esseus, no Monte Sion, lugar antigo e sagrado, reúnem-se Cristo e os Doze Apóstolos para também celebrarem o Pessach.
Antes da ceia, Jesus realiza o ato de amor humilde, singelo e cheio de sabedoria, que para sempre irá tocar o coração dos cristãos: o Lava Pés. Cristo, sendo Ele um ser espiritual, ajoelha-se e lava os pés de cada um de seus discípulos, num gesto que é a síntese de todos os seus ensinamentos: “amai-vos uns aos outros”.
Segue-se a ceia do cordeiro, após a qual, Cristo abre mão de si por algo que reconhece maior. Tomando pão e vinho, Cristo os oferece aos discípulos: “Tomai pois este é o meu corpo e este é meu sangue”.
Doa-se nos frutos da Terra, permeados com a força da sua sabedoria transformadora, paa que se renovasse continuamente a antiga sabedoria e se revivificasse o que havia sido consumido da Terra e do Homem.
O antigo sacrifício do cordeiro era um ato externo, o sangue fresco dos animais puros tinha, no passado, a força de induzir a alma humana a se ligar no mundo espiritual, porém em estado de êxtase.
Com este ato sacramental, Cristo cessa a reminiscência do sacrifício do cordeiro, intensificando o esforço volitivo da alma humana, que quer acolher em si o eu espiritual. Cristo se torna Ele próprio, o Cordeiro. Ele traz a interiorização do Eu na alma humana, até o nível do sacrifício, da entrega, da aceitação do destino. “Eis o Cordeiro de Deus, que assume os pecados do mundo’.
O conteúdo desta noite compõe um sacramento de quatro partes que revivifica, no homem religioso, a cada ato, a comunhão como o espiritual, no íntimo do seu ser.
SEXTA-FEIRA – Dia de Vênus – Paixão, Amor Universal
Na madrugada de quinta para sexta-feira, Cristo, ao ser identificado pelo beijo traiçoeiro de Judas quando orava no Getsemane, é arrastado e preso. Ironizado, flagelado, coroado com espinhos, carrega sua cruz sobre as costas e é crucificado na colina de Gólgota. Tendo se tornado suficientemente firma na sua alma, por possuir algo imensamente sagrado, suporta todos os sofrimentos e dores que lhe são impostos. Com a força de sua alma elevada, carrega seu próprio corpo em direção à morte; une-se a morte, par legar aos seres humanos a mensagem de que a morte não extingue a vida.
A imagem do Cristo, carregando a sua própria cruz, em direção à morte é o grande símbolo de que além do umbral da morte física, começa uma nova vida.
O livro dos mortos, o livro sagrado do Egito, continha preces, instruções para, após a morte, o homem encontrar seu caminho de volta para o mundo espiritual, para o pai. Há cinco mil anos atrás, nos rituais de re- ligação com o mundo espiritual, os iniciados eram induzidos num sono de morte. A morte era irmã do sono. O Eu, naquela época, não tinha penetrado ainda profundamente no corpo humano e a imortalidade, a visão de um mundo espiritual após a escuridão da morte, era vivenciada. Os sepulcros eram, ao mesmo tempo, altares e as almas dos mortos eram mediadoras entre a Terra e o mundo espiritual. À medida que a Terra se tornou mais densa em sua matéria física e o homem desenvolveu sua auto consciência, a morte tornou-se o grande medo da humanidade.
Cristo resgata para o ser humano a sua herança espiritual.
“No Cristo torna-se vida, a morte.”
SÁBADO DE ALELUIA – Dia de Saturno – Profundidade, Consciência, Tempo
O Cristo desce ao reino dos mortos, pleno da luz solar de sua consciência. A Terra recebe o corpo e o sangue do Cristo. No local, entre Gólgota e o Sepulcro, existira outrora uma fenda primária na superfície terrestre. Esse abismo, que fora aterrado por Salomão, era considerado pelos antigos como a porta do inferno. Os terremotos da sexta-feira reabrem essa fenda e a terra inteira se torna o túmulo do Cristo.
O espírito do Cristo penetra na Terra criando nela um novo centro luminoso.
“Temos à volta da Terra uma espécie de reflexo da luz do Cristo. O que é aqui refletido como luz do Cristo, é o que Cristo denomina, Espirito Santo. Tão verdadeiramente como a Terra inicia a sua evolução para o Sol através do evento de gólgota, também é verdade que a partir deste acontecimento a Terra começa a criar a sua volta um anel espiritual que mais tarde se tornará uma espécie de planeta ao seu redor. Estamos diante do ponto de partida de um Novo Sol em formação.”
R. Steiner